Handfasting - o ritual primordial da celebração do casamento Celta
Em Portugal há uma grande tradição celta, não fossemos nós descendentes desses povos que nos habitaram o território e por conseguinte nos habitam o nosso inconsciente coletivo. Essas tradições e costumes eram muito ligadas aos ciclos da natureza, e a uma humanidade que para nós está muito esquecida. A quantidade de pessoas que chega até mim a pedir-me um casamento celta é bastante considerável e eu gostava hoje de falar um bocadinho sobre isto. Nos meus rituais eu não tenho nenhuma religião, costume ou tradição específica - trabalho com rituais simbólicos, em que o mais importante para mim, é que tudo estaja conectado com a história dos noivos e com o que eles querem viver no dia. Daí usar muitos símbolos católicos, judaicos, celtas ou o que for preciso para que se encaixe de acordo com o pedido. Gosto disso - gosto de pensar de uma forma inclusiva, sem excepção. Gosto de pensar que no amor não há barreiras e muito menos dogmas ou fundamentalismos - é universal. Por isto, quando me perguntam se faço, respondo-lhes: sim, adapto o ritual em si à minha cerimónia. Se me perguntam se sou uma sacerdotisa de cerimónias celtas - não, não sou, gosto de ser livre e ter a capacidade de perceber cada coração, costume e oração.
O handfasting é o ritual de juntar as mãos e atá-las com uma corda, há quem diga que é daí que vem a expressão "dar o nó”. Esse juntar de mãos com a corda à volta é um acto simbólico, onde os noivos são convidados a assumir o seu compromisso com a outra pessoa daquilo que querem viver juntos no seu casamento.
Fotogragias de @sergiomiguelphotography